Filmes dirigidos por mulheres se destacam na quinta noite do 31º Cine Ceará

por: Cinevitor
A cineasta Julia Naidin, do curta Mar Concreto, marcou presença no evento.

A quinta noite da 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema foi marcada por filmes dirigidos por mulheres nas mostras competitivas. Produções brasileiras de curtas-metragens e um longa de Porto Rico, em coprodução com a Colômbia, foram exibidos no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, na quarta-feira, 01/12.

Dirigido por Sara Agatha, o curta A Falta de Algo Básico, na disputa pelo Prêmio Água e Resistência, abriu a programação. Já na mostra competitiva brasileira de curta-metragem, Mar Concreto, de Julia Naidin, iniciou a sessão; seguido por Como respirar fora d’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros:

Julia Naidin é pesquisadora e professora com publicações em Filosofia Contemporânea. Desde 2017, atua com produção e curadoria na residência artística brasileira CasaDuna Centro de Arte, Pesquisa e Memória de Atafona, onde desenvolve uma pesquisa de metodologia em arte contemporânea e educação ambiental. Mar Concreto é seu primeiro curta-metragem.

No palco do Cine Ceará, Julia disse: “Meu filme está iniciando sua carreira em festivais e estou muito feliz por estar aqui. Esse curta é parte de um trabalho que eu desenvolvo junto com o Fernando [Codeço] em uma praia chamada Atafona, no litoral norte do Rio de Janeiro, que vive uma crise ambiental”.

Sobre as diretoras de Como respirar fora d’água: Júlia Fávero é formada em Audiovisual pela ECA-USP; foi assistente de montagem da segunda temporada da série infantojuvenil Show da História, em exibição no Canal Futura; roteirista e diretora do curta-metragem Embaixo do Asfalto Correm Meus Rios. Victoria Negreiros, também formada em Audiovisual pela ECA-USP, atuou no departamento de comunicação do MASP, com realização audiovisual; e participou da edição 2020 do Laboratório Negras Narrativas, da FLUP + Rede Globo.

Cena do longa porto-riquenho Perfume de Gardênias.

Para apresentar Perfume de Gardênias, que integra a mostra competitiva ibero-americana de longas, a cineasta Macha Colón mandou um vídeo para o festival: “É um filme que fiz com muito carinho, com muito amor. Espero que vocês sintam e recebam isso. Para mim, é bem especial que um público brasileiro assista”.

Gisela Rosario Ramos é Macha Colón, escritora, produtora, diretora, editora, performer e produtora de eventos culturais de Porto Rico. Entre suas obras estão o curta-metragem documental El hijo de Ruby e Cartas de Amor para una ícona. Estudou no Black and Puerto Rican Studies e Film and Media Studies, no Hunter College, em Nova York, onde também trabalhou como editora de documentários e participou de shows de performance. Ao retornar para Porto Rico, trabalhou como diretora artística e programadora na Casa da Cultura Ruth Hernández, assim como na organização de eventos culturais e na edição e direção de filmes. Perfume de Gardênias é seu primeiro longa-metragem.

Protagonizado por Luz María Rondón, a trama mostra uma idosa que mora em um bairro de classe média em Porto Rico e que acaba de ficar viúva. Sua filha adulta está ficando com ela para ajudá-la no funeral. Enquanto Isabel lamenta a sua perda, não sabe como ocupar seu tempo e seguir adiante. Além do Cine Ceará, o filme também foi exibido nos festivais de Tribeca, Boston Latino, Trindade e Tobago e AFI Latin American.

Em formato híbrido, o Cine Ceará acontece virtualmente no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo), TV Ceará e  YouTube; e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19.

*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Chico Gadelha.

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