Festival Varilux de Cinema Francês 2020 anuncia seleção com filmes inéditos e clássicos

por: Cinevitor

binochevarilux2020Juliette Binoche em A Boa Esposa, de Martin Provost.

Confirmado com sessões nas salas de cinema de todo o país, o Festival Varilux de Cinema Francês 2020 acontecerá entre os dias 19 de novembro e 3 de dezembro, com 18 longas-metragens, sendo 17 inéditos e recentes, e o clássico Acossado, de Jean Luc-Godard, em homenagem aos 60 anos da Nouvelle Vague.

Com uma edição atípica devido à pandemia de Covid-19, o evento estará nas redes exibidoras que seguem rígidos protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias a fim de oferecer segurança tanto ao público quanto aos profissionais envolvidos na sua realização.

No reencontro tão aguardado com a filmografia francesa nos cinemas, os espectadores poderão conferir trabalhos de diretores, astros e estrelas consagrados e de expoentes da nova geração. Comédia dramática, comédia romântica, animação e documentário são alguns dos gêneros das produções participantes. Como atividade paralela gratuita, será oferecida uma mostra com oito filmes de cineastas integrantes da Nouvelle Vague e palestra on-line com Jean-Michel Frodon, crítico e ex-diretor da Cahiers du Cinéma, sobre o movimento francês que teve início no fim da década de 1950.

Na programação do Festival Varilux com filmes inéditos estão diretores consagrados como François Ozon, presença recorrente, que apresenta Verão de 85, longa que integrou a seleção oficial do Festival de San Sebastián. De Cannes, a programação traz DNA, de Maïwenn, com Louis Garrel e Fanny Ardant; Minhas Férias com Patrick, de Caroline Vignal; Slalom, de Charlène Favier; e Gagarine, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh.

A edição 2020 também traz filmes premiados, como: Apagar o Histórico, de Benoît Delépine e Gustave Kervern, que recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim deste ano; Belle Epoque, de Nicolas Bedos, premiado em três categorias no César, entre elas, melhor roteiro original; e a animação A Famosa Invasão dos Ursos na Sicília, que recebeu o Prêmio da Fondation Gan pour le Cinéma em Cannes, do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Lorenzo Mattotti e inspirado no livro de Dino Buzatti.

vincentcasselvarilux2020Vincent Cassel em Mais que Especiais, de Éric Toledano e Olivier Nakache.

Sucessos de bilheteria também foram selecionados, entre eles: Sou Francês e Preto, de Jean-Pascal Zadi e John Wax, que somou mais de um milhão de espectadores na França após a reabertura dos cinemas. Outro que levou o público às salas foi Minhas Férias com Patrick, de Caroline Vignal, visto por mais de 500 mil pessoas desde seu lançamento; e Meu Primo, de Jan Kounen, por 300 mil.

Atores e atrizes conhecidos do público brasileiro também não podem faltar. Juliette Binoche volta ao Festival Varilux como protagonista de A Boa Esposa, de Martin Provost; e o ator Vincent Cassel estrela Mais que Especiais, de Éric Toledano e Olivier Nakache, diretores dos sucessos Intocáveis e Samba, que já integram o festival. Daniel Auteuil, Fanny Ardant e Guillaume Canet estarão juntos em Belle Epoque.

Roschdy Zem, outro nome que também já prestigiou o festival, estará em dois filmes: Persona non grata e A Garota da Pulseira. O ator Jérémie Renier, convidado de 2018, interpreta um professor de esqui em Slalom, produção que acaba de estrear na França. E vale ficar de olho em novos rostos como os de Félix Lefebvre e Benjamin Voisin, protagonistas de Verão de 85; e Melissa Guers, intérprete de Lisa em A Garota da Pulseira, de Stéphane Demoustier.

Em homenagem aos 60 anos da Nouvelle Vague, a Embaixada da França no Brasil e o Festival Varilux oferecem a mostra paralela 60 anos da Nouvelle Vague com a exibição gratuita de oito filmes de expoentes do movimento francês. Serão dois curtas e seis longas-metragens.

Conheça os filmes do Festival Varilux de Cinema Francês 2020:

A Boa Esposa (La Bonne Épouse), de Martin Provost
A Famosa Invasão dos Ursos na Sicília (La fameuse invasion des ours en Sicile), de Lorenzo Mattotti
A Garota da Pulseira (La fille au bracelet), de Stéphane Demoustier
Acossado (A bout de souffle), de Jean-Luc Godard
Apagar Histórico (Effacer l’historique), de Gustave Kervern e Benoît Delépine
Belle Epoque (La Belle Époque), de Nicolas Bedos
DNA (Adn), de Maïwenn
Donas da Bola (Une Belle Equipe), de Mohamed Hamidi
Gagarine, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh
Mais que Especiais (Hors Normes), de Éric Toledano e Olivier Nakache
Meu Primo (Mon Cousin), de Jan Kounen
Minhas Férias com Patrick (Antoinette Dans Les Cévennes), de Caroline Vignal
Notre Dame, de Valérie Donzelli
O Capital no Século XXI (Le capital au xxie siècle), de Justin Pemberton
Persona Non Grata, de Roschdy Zem
Slalom, de Charlène Favier
Sou Francês e Preto (Tout Simplement Noir), de Jean-Pascal Zadi e John Wax
Verão de 85 (Eté 85), de François Ozon

MOSTRA PARALELA | NOUVELLE VAGUE | CURTAS:

Os Panteras Negras (Black Panthers), de Agnès Varda (1968)
Todos os Rapazes se Chamam Patrick (Tous les garçons s’appellent Patrick), de Jean-Luc Godard (1959)

MOSTRA PARALELA | NOUVELLE VAGUE | LONGAS:

Acossado (A bout de souffle), de Jean-Luc Godard (1959)
Ascensor para o Cadafalso (Ascenseur pour l’échafaud), de Louis Malle (1958)
Cleo das 5 às 7 (Cléo de 5 à 7), de Agnès Varda (1962)
O Desprezo (Le mépris), de Jean-Luc Godard (1963)
Os Guarda-Chuvas do Amor (Les parapluies de Cherbourg), de Jacques Demy (1964)
Paris nos Pertence (Paris nous appartient), de Jacques Rivette (1961)

*As cidades e os cinemas participantes podem ser conferidos no site.

Fotos: Divulgação.

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