Djon África

por: Cinevitor

djonafricaposter2Direção: João Miller Guerra, Filipa Reis.

Elenco: Miguel Moreira, Bitori Nha Bibinha, Isabel Muñoz Cardoso, Patricia Soso.

Ano: 2018

Sinopse: Miguel Moreira, também conhecido como Tibars e Djon África, descobre que a genética pode ser cruel quando sua fisionomia, bem como alguns de seus fortes traços de personalidade, o denunciam imediatamente como o filho de seu pai; alguém que ele nunca conheceu. Esta descoberta intrigante leva-o a tentar descobrir quem é este homem. Tudo o que ele sabe sobre ele é o que sua avó, com quem ele sempre viveu, lhe contou.

Crítica do CINEVITOR: Os portugueses João Miller Guerra e Filipa Reis estreiam na direção de um longa-metragem de ficção com Djon África, coprodução entre Portugal e Brasil. Aqui, conhecemos um pouco mais sobre Miguel, também chamado de Tibars ou Djon África, que decide embarcar em uma jornada de autoconhecimento. Disposto a se conectar com familiares, parte rumo a Cabo Verde para conhecer um pouco mais de sua história. Criado pela avó e órfão de mãe, o protagonista segue com o objetivo de encontrar seu pai, que nunca conheceu. Ao desenrolar dos acontecimentos, o longa oferece ao espectador, além dos conflitos narrativos, uma viagem cultural repleta de rituais típicos dos lugares visitados pelo protagonista. Em Djon África acompanhamos uma história de descoberta pessoal de Miguel carregada de emoções que antes não se manifestavam. À medida que sua jornada vai se concluindo, suas raízes familiares ganham força e trazem à tona lembranças de um passado incompleto prestes a ser reconstruído. João e Filipa conseguem captar a emoção de seu protagonista com planos que o destacam em uma imensidão de dúvidas e sensações; Miguel está aberto para um novo mundo, para novos desafios, mas no fundo sabe que carrega as respostas consigo. Djon África nada mais é do que um filme que mostra a jornada de um personagem em busca de si mesmo, tentando encontrar algo que lhe falta para se sentir completo, mas consegue surpreender pela sutileza na maneira de filmar tais emoções e contar uma história que parte de dentro pra fora. (Vitor Búrigo)

*Filme assistido no 7º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

*Clique aqui e leia nossa entrevista com os diretores sobre o filme.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

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