Cine Terreiro 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta O Jardim Fantástico: premiado.

Foram anunciados neste domingo, 18/04, pelas redes sociais, os vencedores do Cine Terreiro 2021. O festival tem uma narrativa especial de enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, utilizando a exibição de filmes relacionados a essas temáticas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento a essas culturas.

A mostra competitiva principal do festival, Mostra Mar, premiou o filme O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias, com R$ 2.000,00 e o Troféu ONA da Onã Joias d’Orisà. O filme reconecta, por meio de seus protagonistas principais, tanto as heranças africanas como indígena, nascedouros das matrizes da cultura de terreiro em nosso país, além de apontar uma possibilidade de ligação com o sagrado usando as vertentes de plantas medicinais em um caminho de saúde corporal e iluminação espiritual.

Já na Mostra Grão, direcionada a realizadores iniciantes, o vencedor foi O Atabaque na Minha Vida, de Jéssica Martins, com premiação de R$ 1.000,00 e o Troféu ONA. O curta-metragem remete ao grande papel que a musicalidade ocupa nas culturas de terreiro. Nos terreiros, o ritmo continua sendo usado, ao longo dos tempos, para invocar cada entidade, identificar cada segmento religioso, e cada nação, contando suas narrativas e suas histórias, fazendo a conexão com o divino através desta sonoridade.

O encerramento do festival contou com apresentação artística de Gaby Varela e homenagem a Tiganá Santana, compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor, natural de Salvador.

Em comunicado oficial, Rodrigo Sena, idealizador do festival, disse: “Agradecemos muito ao nosso público que esteve conosco nesses dez dias de festival e exibição, assistindo, curtindo, compartilhando… tivemos uma adesão muito grande nesses dias de exibição, de casas religiosas, espaços de expressões do sagrado. Acreditamos no cinema como ferramenta de transformação e desconstrução de preconceitos e contra toda e qualquer intolerância religiosa”.

Foto: Allis Bezerra.

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