6º Festival ECRÃ: conheça as obras selecionadas

por: Cinevitor
Cena do curta-metragem Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade.

A sexta edição do Festival ECRÃ acontecerá em formato presencial entre os dias 1 e 10 de julho nas salas da Cinemateca do MAM e do Estação Botafogo; e entre os dias 16 e 24 de julho em formato on-line.

Além de sua tradicional casa, a Cinemateca do Museu de Artes Modernas do Rio de Janeiro, o ECRÃ traz a novidade do Estação Net Botafogo em sua programação. Em parceria com a Cavideo, o festival promoverá exibições especiais como o programa Mestres do Cinema Brasileiro, com curadoria de Cavi Borges, que exibirá filmes raros de realizadores como Neville D’Almeida, Helena Ignez, Helena Solberg, André Parente, entre outros.

Neste ano, o ECRÃ é marcado pela presença de realizadores internacionais como Gastón Solnicki, que marcará presença para apresentar seu novo filme, Um Pequeno Pacote de Amor, que abrirá o festival no dia 1º de julho na Cinemateca do MAM. Além disso, Eric Souther promoverá uma oficina de TouchDesigner, programa que gera, dentre outros, sistemas audiovisuais interativos.

A grande atração desta edição será a vinda do realizador norte-americano James Benning pela primeira vez ao Brasil. Ele é um dos maiores nomes do cinema experimental contemporâneo com cerca de 80 filmes em seu currículo entre longas, médias, curtas e videoinstalações. Prestes a completar 80 anos de idade, Benning estará no Rio de Janeiro para uma masterclass, além de apresentar seu mais novo filme, Os Estados Unidos da América, selecionado para a mostra Forum do Festival de Berlim deste ano.

Além disso, mais de 100 obras serão exibidas e divididas nas já conhecidas categorias do festival. A seleção da sexta edição do ECRÃ traz filmes inéditos no país, estreias mundiais e filmes premiados em grandes festivais. Na seleção dos longas e médias-metragens, junto aos filmes já citados, estão Do Absoluto Nada e Imenso Azul da veterana cineasta experimental Holly Fisher e filmes exibidos na Berlinale, como o premiado Sol no Escuro, de Mawena Yehouessi, e Kinorama, de Edgar Pêra. Do Festival de Roterdã, o ECRÃ apresenta O Sonho e o Rádio, da dupla Ana Tapia Rousiouk e Renaud Després-Laroud, que passou pela Tiger Competition.

A seleção traz mais destaques em outros festivais, como: Inverno, de Vadim Kostrov, vindo do DocLisboa; Lago Gatún, de Kevin Jérome Everson, selecionado para o CPH:DOX, e Animal Macula, de Sylvain L’Esperance, vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Montreal. E mais: o sci-fi experimental Guardiões da Eternidade, do grego Aristotelis Maragkos; Lake Forest Park, de Kersti Jan Werdal, selecionado para o IDFA; o poético O Amparo do Céu, de Diego Acosta, também selecionado para o CPH:DOX; e o filipino Tug, dirigido por Jon Salazam, outro destaque do DocLisboa.

Entre as estreias mundiais, destacam-se: o média-metragem Coisas a Vir, de Ken Jacobs; Uma História de uma Nação, do português Júlio F.R Costa; Blissed, de Maximilian Le Cain; Um Filme Feito em Casa, de Andrew Power; e o denso Há Muito Tempo Não Tenho Medo de Ficar Cego, dirigido por Yannick Mosiman, filme que narra através da contemplação a perda da visão de seu protagonista.

Já entre os filmes brasileiros estão as estreias mundiais de: Cantochão, de Vinícius Romero, um dos grandes destaques do cenário experimental nacional; Diários de uma Paisagem, de Gabraz Sanna e Anne Santos, uma espécie de continuação de Eu sou o Rio, que acompanha o músico Tantão por Berlim; o mockumentary experimental Infinito Ábaco, de Bruno Lisboa; Xiang, de Vitória Severo, todo feito com imagens de câmera de segurança; e Sinfonia do Fim do Mundo, de Isabella Raposo e Thiago Brito, uma espécie de musical em close enquanto o contracampo se explode.

Completam a seleção de longas e médias nacionais: Filme Particular, de Janaína Nagata, um desktop movie feito a partir de imagens de arquivo, que foi exibido recentemente no Olhar de Cinema; e Extremo Ocidente, de João Pedro Faro, exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes e que encerrará a etapa presencial do Festival ECRÃ. As sessões destes filmes terão a presença dos realizadores.

Entre os curtas brasileiros, o ECRÃ destaca na abertura Inferno Remix, de Natália Reis, que retorna ao festival pelo terceiro ano seguido, desta vez em duas categorias. Também retorna ao evento o cineasta Rodrigo Ribeiro-Andrade com Solmatalua, seu novo filme-ensaio sobre diferentes registros do que pode ser uma cultura afro-brasileira.

Além dos filmes, a diversidade marca o segundo ano dos jogos no Festival ECRÃ. Pensando em ocupar ambos os espaços, presencial e on-line, o ECRÃ também selecionou cuidadosamente as Instalações e Artes Interativas desta edição. Na categoria de Performances, num processo de cicatrização, o festival híbrido se mostra forte em conceito. Com obras de duração média de 10 minutos, a seleção das 28 videoartes explora técnicas de criação de imagem em movimento, viaja por diversos países, são realizadas pelas mais diferentes pessoas e estilos  e conta com 8 estreias mundiais.

Confira a seleção completa do Festival ECRÃ 2022:

LONGA E MÉDIA-METRAGEM

Animal Macula, de Sylvain L’Ésperance (Canadá)
As Fitas de Turismo de Denver (Denver Tourism Tapes), de Mike Schwanke (EUA)
Blissed, de Maximilian Le Cain (Irlanda)
Buraco na Cabeça (Hole in the Head), de Dean Kavanagh (Irlanda)
Cantochão, de Vinicius Romero (Brasil)
Cinéfilos (Los Visionadores), de Néstor Frankel (Argentina)
Coisas a Vir (Things to Come), de Ken Jacobs (EUA)
Diários de uma Paisagem, de Gabraz Sanna e Anne Santos (Brasil)
Do Absoluto Nada e Imenso Azul (Out of the Blue), de Holly Fisher (EUA)
Extremo Ocidente, de João Pedro Faro (Brasil) (encerramento presencial)
Filme Particular, de Janaína Nagata (Brasil)
Guardiões da Eternidade (The Timekeepers of Eternity), de Aristotelis Maragkos (Grécia)
Há Muito Tempo Não Tenho Medo de Ficar Cego (I Have Not Been Afraid of Going Blind For a Long Time), de Yannick Mosiman (Suíça)
Infinito Ábaco, de Bruno Lisboa (Brasil)
Inverno (Zima), de Vadim Kostrov (Rússia)
Kinorama, de Edgar Pêra (Portugal)
Lago Gatún, de Kevin Jérome Everson (EUA)
Lake Forest Park, de Kersti Jan Werdal (EUA)
O Amparo do Céu (El Amparo del Cielo), de Diego Acosta (Chile)
O Sonho e o Rádio (Le Rêve et La radio), de Ana Tapia Rousiouk e Renaud Després-Laroud (Canadá)
Os Estados Unidos da América (The United States of America), de James Benning (EUA)
Sinfonia do Fim do Mundo, de Isabella Raposo e Thiago Brito (Brasil)
Sol no Escuro (Sol in the Dark), de Mawena Yehouessi (França)
Tug (Higit), de Jon Salazam (Filipinas)
Um Filme Feito em Casa (A Homemade Film), de Andrew Power (Inglaterra)
Um Pequeno Pacote de Amor (A Little Love Package), de Gastón Solnicki (Áustria) (abertura presencial)
Uma História de uma Nação, de Julio F.R Costa (Portugal)
Xcxhxexrxrxixexsx, de Ken Jacobs (EUA)
相 Xiàng, de Vitória Severo (Brasil)

CURTA-METRAGEM

A Ilha de Podesta (Podesta Island), de Stéphanie Roland (França/Bélgica/Micronésia)
Abismo (Abyss), de Jeppe Lange (Dinamarca)
Anastática, de Juana Robles (Irlanda)
Castelo da Xelita, de Lara Ovídio (Brasil)
Criando Cenas do Crime (The Making of Crime Scenes), de Hsu Che-Yu (Taiwan)
Cristais do Tempo (Time Crystals), de Abinadi Meza (EUA)
Curupira e a Máquina do Destino, de Janaína Wagner (Brasil)
Diário de Luta (Tuggin’ Diary), de Yai Wan-Win (Hong Kong)
Espectro Restauracíon, de Felippe Mussel (Brasil)
Eternidade em Loop, de Isabela Costa (Brasil)
Eu Pensava o Mundo de Você (I Thought the World of You), de Kurt Walker (EUA)
Há Algo Além do Horizonte, de Marcos Paulo Alcântara (Brasil)
Inferno Remix, de Natália Reis (Brasil) (abertura presencial)
Laika, de Deborah Stratman (EUA)
Mar de Sussurros (Sea of Sights), de J.M. Martínez (EUA)
Memorial Maracanã, de Darks Miranda e Pedro França (Brasil) (encerramento presencial)
Morte por Fantasia e Espelhos (Death by Fantasies by Mirrors), de Charlotte Clermont (Canadá)
Moune Ô, de Maxime Jean-Baptiste (Bélgica/Guiana Francesa)
Notas Periféricas (Notes from the Periphery), de Tulapop Saenjaroen (Tailândia/Reino Unido)
O Crepúsculo de Purkyne (Purkyne’s Dusk), de Helena Gouveia (Irlanda)
Oceano Análogo (El Oceano Analogo), de Luis Macias (Espanha/México)
Orgulho (Pride), de Kevin Jerome Everson e Claudrena N. Harold (EUA)
Park Slope, de Felipe André Silva (Brasil)
Prekasno (Muito Tarde) (Prekasno (Too Late)), de Diana Toucedo (Espanha)
Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Brasil)
Son Chant, de Vivian Ostrovsky (EUA)
Sycorax, de Lois Patiño e Matías Piñeiro (Portugal)
Terra Devastada #3: Luas, Filhos (Wasteland #3: Moons, Sons), de Jodie Mack (EUA)
Vida Instantânea (Instant Life), de Anja Dornieden, Juan David Gonzalez Monroy e Andrew Kim (Alemanha)
Vs, de Lydia Nsiah (Áustria)
Yacht Trip, de Paula Mermelstein (Brasil)

GAMES

Clóvis – Memórias de um Carnaval, por Desenvolvimento de Jogos UFF (DJUFF) (Brasil)
Ominira, por Afrogames (Brasil)
Stand By Me, por Victor Corrêa (Brasil)

INSTALAÇÕES E ARTES INTERATIVAS

Comos•Átomos (Cosmic•Atomic), de Christopher Boulton (EUA)
Equivoca-se Quem Pensa que a Terra Vai Acabar, de Maria Antonia (Brasil)
Liturgias Virtuais, de Marisa Arraes (Brasil)
Melting Movie Places, de Wilson Oliveira da Silva Filho (Brasil)
O Meio é a Mensagem, de Kirk Tougas (Canadá)
O Milagre de Santo Antônio, de Alfonso Camarero e Jose Luis Ducid (Espanha)
O Próximo Nascer do Sol, de Arthur Gustavo (Brasil)
Soñé Con Un ✨Golpe De Estado✨, de Julia Brasil (Brasil)
Uku Pacha, de Diego Bonilla (Equador/EUA)
“Video-música Jamming” Episódio 1: Vazio (“Video-music Jamming” Episode 1: Void), de Seyeong Yoon (Coreia do Sul)

PERFORMANCES

Buscando (Searching), de Hu Liwei (China)
Fibonacci Me Deixou Hardcore (Fibonacci Made Me Hardcore), de Marie Meyer e Patric Kuo (França) (encerramento on-line)
Fronteira, de Maíra Campos (Brasil)
Ir-se, de Igor Corrêa e Carlos Laerte (Brasil)
Lilien, de Liv Massei (Brasil)
Loucura Suave (A Soft Lunacy), de Shanthal Caba Mojica (EUA)
Mūtātiōnem, de Maile Costa Colbert (Portugal)
Par (Peer), de Lee Campbell (Reino Unido)
X-votive, de Trish Denton (EUA) (abertura on-line)
Yersinia, de Samira Marana (Brasil)

VIDEOARTES

14875, de Estudantes do Liceo Artistico Preziosissimo Sangue Monza (Itália)
A Primeira Memória Com Você (The First Memory With You), de Hsuan-Kuang Hsieh (Taiwan/EUA)
À Procura do Monte Análogo (In Search of Mount Analogue), de Leonardo Pirondi (EUA)
A Visitação (The Visitation), de Toby Tatum (Reino Unido)
A.o.k, de Christopher Tym (Reino Unido)
Boom, de Diane Nerwen (EUA)
Canto, de Alexandre Alagôa (Portugal/Luxemburgo)
Catálogo de Simulacros, de Levy Freitas (Brasil)
Como Dançar Funk, de Ilana Paterman Brasil (Brasil)
Controle de Tráfego, de Jackson Abacatu (Brasil)
É Hoje o Dia da Alegria, de Greg Penn (Austrália)
Feed, de Michael Etzensperger e Mateo Hurtado (Suíça)
Frágil (Fragile), de Sasha Waters (EUA)
Frequências do Tempo (Frequencies of Deep Time), de Eric Souther (EUA)
Gilgamesh, de Lucrécia L. (Brasil)
Grécia pra que Te Quero (All You Want is Greece), de Alex Morelli (Grécia/EUA)
L A V A, de Francisco Cesar, Natália Reis e Luiz Pretti (Brasil)
Labirinto, de Filipe dos Santos Barrocas, Isadora Maria Torres, Léo Bortolin, Lucas Eskinazi e Yuji Kodato (Brasil/Portugal)
Lugar Nenhum, de Pedro Gonçalves Ribeiro (Brasil/Portugal)
Luz, Câmera, Istambul (Night, Light, Istanbul), de Can Ege İlhan (Turquia)
Melancolia (Melancholia), de Michael Amter (EUA)
Nós, de Diego Ramos (Brasil)
Pedra e Planta, de Teodoro Pimenta (Brasil)
Pequena Estatura, Grandes Ideias (Si Petit Mais Avec Grandes Idées Dans Sa Tête), de Pierre Villemin (França)
Seliberation #2, de Estela Lapponi (Brasil)
Sombra do Vento (Shadow of the Wind), de Pobwarat Maprasob (Tailândia)
Teoria de Unificação dos Corpos, de Amanda & Isadora (Brasil)
Um Lugar no Cosmos (A Place in the Cosmos), de Gavin Hipkins (Nova Zelândia)

Foto: Divulgação.

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