43ª Mostra de São Paulo: conheça os filmes selecionados, destaques da programação e homenageados

por: Cinevitor

ofarolmostraWillem Dafoe e Robert Pattinson em O Farol, de Robert Eggers.

A 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 17 e 30 de outubro. Durante duas semanas, serão exibidos cerca de 300 títulos de variados países e estilos. Os filmes serão apresentados em mais de 27 locais, entre cinemas, espaços culturais, CEUs e museus espalhados pela capital paulista, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre.

Neste ano, o filme de abertura será Wasp Network, dirigido pelo cineasta francês Olivier Assayas. O longa, que é inspirado na obra Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais, foi produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features, e disputou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. O elenco conta com Gael García Bernal, Wagner Moura, Leonardo Sbaraglia, Penélope Cruz e Edgar Ramírez.

Além disso, Assayas receberá o Prêmio Leon Cakoff e uma retrospectiva: o evento vai exibir 15 títulos do diretor francês, entre eles, Acima das Nuvens, Personal Shopper, Depois de Maio, Horas de Verão, Vidas Duplas e Espionagem na Rede.

Dois Papas, novo longa de Fernando Meirelles, protagonizado por Jonathan Pryce e Anthony Hopkins, encerrará o evento. O título, que retrata dois pontífices discutindo os rumos da Igreja Católica, foi exibido no Festival de Toronto. Meirelles também produziu o documentário A Grande Muralha Verde, dirigido por Jared P. Scott, que integra a programação. Protagonizado pela cantora Inna Modja, o filme mostra uma jornada épica pela grande muralha verde africana.

waspnetworkmostra2Filme de abertura: Wasp Network, de Olivier Assayas, com o brasileiro Wagner Moura no elenco.

A 43ª edição da Mostra de São Paulo, que tem a assinatura da artista Nina Pandolfo no cartaz, fortalecerá o olhar para o cinema brasileiro. Apesar dos filmes de abertura e encerramento não serem nacionais, são produzidos (Wasp Network) e dirigidos (Dois Papas) por brasileiros. Outros títulos que levaram o nome do país para o exterior em festivais estrangeiros também fazem parte da programação, como quatro longas que serão exibidos no Theatro Municipal de São Paulo em parceria com a Spcine: A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, vencedor do prêmio máximo da mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes; Abe, de Fernando Grostein Andrade, exibido no Festival de Sundance; Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz, premiado no Festival de Veneza como melhor documentário da mostra Venice Classics; e Três Verões, de Sandra Kogut, exibido no Festival de Toronto.

O diretor palestino Elia Suleiman receberá o Prêmio Humanidade. Seu novo filme, O Paraíso Deve Ser Aqui (It Must Be Heaven), que recebeu Menção Especial no Festival de Cannes, compõe a seleção do evento. Já o diretor israelense Amos Gitai receberá o Prêmio Leon Cakoff e prestigiará o aniversário de lançamento de dois de seus longas que terão sessões especiais: Berlim-Jerusalém, que completa 30 anos, e Kadosh – Laços Sagrados, que estreou há duas décadas. O livro Em Tempos como Estes, com correspondências de 1929 a 1994, de Efratia Gitai, mãe de Amos, será lançado pela Mostra com leitura de algumas cartas feitas por Bárbara Paz, Regina Braga e Gabriel Braga Nunes.

Como de costume, a seleção de títulos da 43ª Mostra de São Paulo apresentará filmes premiados em importantes festivais internacionais. Do Festival de Cannes, serão exibidos: Parasita, de Bong Joon-ho, vencedor da Palma de Ouro; O Jovem Ahmed (Le jeune Ahmed), dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, vencedor do prêmio de melhor direção da Competição Oficial; o drama O que Arde, de Oliver Laxe, vencedor do Prêmio do Júri na mostra Un Certain Regard; O Farol (The Lighthouse), de Robert Eggers, consagrado com o Prêmio FIPRESCI na Quinzena dos Realizadores e que será exibido no Auditório Ibirapuera seguido por uma masterclass com o diretor; o documentário Family Romance, Ltda, de Werner Herzog, exibido na mostra Sessões Especiais; Joana D’arc (Jeanne), de Bruno Dumont, que recebeu Menção Especial do júri da mostra Un Certain Regard.

E mais filmes de Cannes: a animação Os Olhos De Cabul (Les hirondelles de Kaboul), de Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec, premiada no Festival de Annecy, e Nina Wu (Zhuo Ren Mi Mi), de Midi Z, ambos exibidos na mostra Un Certain Regard; Heróis Nunca Morrem (Les Heros Ne Meurent Jamais), de Aude Léa Rapin, com Adèle Haenel, e a comédia policial O Santo Desconhecido (The Unknown Sain), de Alaa Eddine Aljem, exibidos na Semana da Crítica; o drama Tlamess, de Ala Eddine Slim, indicado à Queer Palm, Oleg, de Juris Kursietis, vencedor do Grande Prêmio do Brussels International Film Festival, a ficção científica A Interrupção (Ang hupa), de Lav Diaz, e o drama austríaco Lillian, de Andreas Horvath, exibidos na Quinzena dos Realizadores; o islandês Um Dia Muito Claro (Hvítur, Hvítur Dagur), de Hlynur Pálmason, premiado na Semana da Crítica; e três títulos que disputaram a Palma de Ouro: O Lago Do Ganso Selvagem (Nan Fang Che Zhan De Ju Hui), de Yi’nan Diao, Sibyl, de Justine Triet e Frankie, de Ira Sachs.

frankiemostraMarisa Tomei e Isabelle Huppert em Frankie, do cineasta americano Ira Sachs.

Filmes exibidos e premiados no Festival de Berlim também fazem parte da programação, como: Synonymes (Synonyms), de Nadav Lapid, vencedor do Urso de Ouro; Systemsprenger (System Crasher), de Nora Fingscheidt, vencedor do Urso de Prata; Até Logo, Meu Filho (Di jiu tian chang), de Wang Xiaoshuai, Urso de Prata de melhor ator para Jingchun Wang e melhor atriz para Mei Yong; Cavalos Roubados (Ut og stjæle hester), de Hans Petter Moland, vencedor do Urso de Prata de melhor Contribuição Artística pela direção de fotografia; os vencedores do Prêmio do Júri Ecumênico: Deus É Mulher, Seu Nome é Petúnia (Gospod postoi, imeto i’ e Petrunija), de Teona Strugar Mitevska, da Competição OficialEmpuxo (Buoyancy), de Rodd Rathjen, da mostra Panorama e Viajante da Meia-noite (Midnight Traveler), de Hassan Fazili, que recebeu Menção Especial e Prêmio Especial do Júri em Sundance.

Completam a seleção da Berlinale na Mostra: o documentário Lemebel, de Joanna Reposi Garibaldi, vencedor do Prêmio Teddy e exibido em San Sebastián, sobre o ensaísta chileno Pedro Lemebel; Uma Colônia (Une colonie), de Geneviève Dulude-De Celles, vencedor do Urso de Cristal de melhor filme da mostra Generation KplusNossas Derrotas (Nos défaites), de Jean-Gabriel Périot, vencedor do C.I.C.A.E. Award da mostra Forum; Meu Verão Extraordinário Com Tess (My Extraordinary Summer with Tess), de Steven Wouterlood, que recebeu Menção Especial Deutsches Kinderhilfswerk; Bulbul Pode Cantar (Bulbul Can Sing), de Rima Das, Menção Especial na mostra Generation 14plus; O Milagre No Mar Dos Sargaços (To thávma tis thálassas ton Sargassón), de Syllas Tzoumerkas, e A Fera e a Festa (Holy Beasts), de Laura Amelia Guzmán e Israel Cárdenas, exibidos na mostra Panorama; o documentário Pelo Nome de Tania (By the Name of Tania), de Mary Jimenez e Bénédicte Liénard, exibido na mostra Generation; a comédia dramática Cleo, de Erik Schmitt, exibida na Generation Kplus; o documentário Heimat ist ein Raum aus Zeit, de Thomas Heise, exibido na mostra Forum; e o suspense Mr. Jones, de Agnieszka Holland, indicado ao Urso de Ouro e premiado no Polish Film Festival.

berlimnamostraHelena Zengel em Systemsprenger, da cineasta alemã Nora Fingscheidt.

Do Festival de Sundance destacam-se: Honeyland, vencedor do Grande Prêmio do Júri da Competição Internacional de Documentário; Os Tubarões (Los Tiburones), de Lucia Garibaldi, prêmio de melhor direção na Competição Internacional Drama e também premiado no BAFICI (Prêmio Especial do Júri), San Sebastián e Guadalajara; a comédia dramática A Maratona de Brittany (Brittany Runs a Marathon), de Paul Downs Colaizzo, vencedora do Prêmio do Público da Competição Americana Drama; e O Homem Que Brincava Com Fogo (Stieg Larsson – The Man Who Played With Fire), de Henrik Georgsson, sobre o escritor sueco Stieg Larsson, exibido na Competição Internacional Documentário.

Exibidos e premiados no Festival de Veneza também marcam presença na programação, entre eles: La llorona, de Jayro Bustamante, melhor filme da mostra Venice Days e também premiado no Festival de San Sebastián; Sem Túmulo (As I Lay Dying), de Mostafa Sayari, e Apenas 6.5 (Metri Shesh Va Nim), de Saeed Roustayi, ambos exibidos na mostra Orizzonti; Dente de Leite (Babyteeth), de Shannon Murphy, que rendeu o Prêmio Marcello Mastroianni de melhor ator em ascensão para Toby Wallace; O Pássaro Pintado (The Painted Bird), de Václav Marhoul, indicado ao Leão de Ouro; o drama alemão Sangue de Pelicano (Pelikanblut), de Katrin Gebbe; e o documentário Andrey Tarkovsky: Uma Oração de Cinema (Andrey Tarkovsky. A Cinema Prayer), de Andrey A. Tarkovsky, exibido na mostra Venice Classics.

Destaques do Festival de Roterdã também integram a seleção da Mostra: Fim de Estação (Ende der Saison), de Elmar Imanov, vencedor do Prêmio FIPRESCI e melhor primeiro filme da mostra Bright Future; Leve-Me Para Algum Lugar Legal (Take Me Somewhere Nice), de Ena Sendijarevic, Prêmio Especial do Júri da Tiger Competition e premiado como melhor filme no Sarajevo Film Festival; a comédia Lost Holiday, de Michael Kerry Matthews e Thomas Matthews; o drama Não Me Ame (Love Me Not), de Lluís Miñarro; a comédia dramática O Melhor de Dorien B., de Anke Blondé; Teerã: Cidade do Amor (Tehran: City of Love), de Ali Jaberansari, e Você Tem A Noite (Ti Imaš Noc), de Ivan Salatic, também exibido em Veneza.

dentedeleitemostraEliza Scanlen na comédia dramática australiana Dente de Leite.

Do Festival de Locarno, mais filmes: o documentário Rua Do Deserto, 143 (143 rue du désert), de Hassen Ferhani, prêmio de melhor direção emergente da mostra Cineasti del presente; Cães do Espaço (Space Dogs), de Elsa Kremser e Levin Peter, Menção Especial do Youth Jury; O Tempo Das Florestas (Le temps des forêts), de François-Xavier Drouet, vencedor do Prêmio da Semana da Crítica; Ecos, de Rúnar Rúnarsson, vencedor do Youth Jury Award; o romance musical português Technoboss, de João Nicolau, indicado ao Leopardo de Ouro; o drama policial O Fim do Mundo, de Basil da Cunha; e A Garota Com a Pulseira (La fille au bracelet), de Stéphane Demoustier.

Exibidos e premiados no Festival de San Sebastián também marcam presença na 43ª Mostra: o brasileiro Pacificado, de Paxton Winters, vencedor da Concha de Ouro e de outros dois prêmios; Tremores (Temblores), de Jayro Bustamante, eleito o melhor filme latino-americano, premiado nos festivais de Toulouse e Guadalajara e exibido em Berlim; Isto Não É Berlim (Esto No Es Berlín), de Hari Sama, também exibido em Sundance e Tribeca e premiado no Málaga Spanish Film Festival; o drama Patrick, de Gonçalo Waddington; A Odisseia dos Tontos (La odisea de los giles), com Ricardo Darín, e indicado à Concha de Ouro; e o curta-metragem Nimic, de Yorgos Lanthimos, exibido também em Toronto e Chicago.

Produções premiadas em outros festivais ao redor do mundo ganham destaque na Mostra, como: Adam, de Rhys Ernst, premiado no L.A. Outfest e exibido em Sundance; As Ovelhas Douradas e a Montanha Sagrada (The Gold-Laden Sheep & the Sacred Mountain), de Ridham Janve, Prêmio FIPRESCI no Hong Kong International Film Festival e premiado no Mumbai Film Festival; Aurora, de Miia Tervo, prêmio de melhor filme internacional no Edinburgh International Film Festival; o terror Devorar (Swallow), de Carlo Mirabella-Davis, prêmio de melhor atriz para Haley Bennett no Tribeca Film Festival; Cicatrizes (Savovi), de Miroslav Terzic, exibido em Berlim e premiado no FEST International Film Festival em três categorias, entre elas, Prêmio FIPRESCI e melhor atriz para Snezana Bogdanovic; Estação Das Chuvas (West Season), de Anthony Chen, exibido em Toronto e premiado como melhor roteiro original no Golden Horse Film Festival; e Filhos Da Dinamarca (Danmarks Sønner), de Ulaa Salim, melhor filme no Riviera International Film Festival, melhor direção no Seattle International Film Festival e exibido em Roterdã.

pacificadomostraCassia Gil em Pacificado: prêmio máximo no Festival de San Sebastián.

Completam a seleção de premiados: Gay Chorus Deep South, de David Charles Rodrigues, melhor documentário segundo o Júri Popular no Festival de Tribeca; o sueco Koko-di Koko-da, de Johannes Nyholm, premiado no Fantasia Film Festival e exibido em Sundance, BAFICI e Roterdã; o argentino La Vida en Común, de Ezequiel Yanco, prêmio de melhor edição no BAFICI; o drama sul-coreano Limpeza (Clean Up), de Man-Ki Kwon, melhor filme no International Film Festival & Awards Macao; a comédia dramática Maggie, de Ok-seop Yi, premiada no Fantasia Film Festival, Osaka Asian Film Festival e Pusan International Film Festival; Mr. Jimmy, de Peter Michael Dowd, que homenageia o músico Jimmy Page, da banda Led Zeppelin, melhor documentário americano no Cinetopia Film Festival; o drama iraniano O Carcereiro (The Warden), vencedor do Prêmio Especial do Júri de melhor direção para Nima Javidi no Fajr Film Festival; o drama israelense O Dia Depois Que Eu Partir (The Day After I’m Gone), de Nimrod Eldar, premiado no Festival de Sarajevo e exibido em Berlim; o suspense grego O Garçom (The Waiter), de Steve Krikris, prêmio de melhor ator para Aris Servetalis no Beijing International Film Festival e premiado no Raindance Film Festival.

E mais: a cinebiografia do jogador russo Boris Arkadiev, que se tornou o primeiro treinador da equipe nacional de futebol da União Soviética, O Humorista (Yumorist), de Michael Idov, que rendeu o prêmio de melhor ator para Aleksey Agranovich no Art Film Festival; o terror O Mundo é Repleto de Segredos (The World is Full of Secrets), de Graham Swon, melhor filme no Sarasota Film Festival; o drama colombiano Os Dias da Baleia (Los días de la ballena), de Catalina Arroyave Restrepo, Menção Especial no SXSW Film Festival e exibido no BAFICI; o drama venezuelano Pequenas Histórias, de Rafael Marziano Tinoco, eleito o melhor filme do Festival del Cine Venezolano; a comédia dramática Saint Frances, de Alex Thompson, premiada no Festival de Chicago, SXSW Film Festival e L.A. Outfest; o drama alemão Terra Sagrada (Noah Land), de Cenk Ertürk, prêmio de melhor ator para Ali Atay e melhor roteiro no Festival de Tribeca; o chinês Viver Para Cantar, de Johnny Ma, exibido na Quinzena dos Realizadores e premiado no Shanghai International Film Festival como melhor filme e melhor atriz para Xiaoli Zhao.

ogarcommostraAris Servetalis e Alexandros Mavropoulos no suspense O Garçom.

Outras produções premiadas: o drama musical Lara, de Jan Ole Gerster, vencedor do Prêmio FIPRESCI no Munich Film Festival; o drama argentino Chuvas Suaves Virão (Vendrán lluvias suaves), de Iván Fund, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Mar del Plata Film Festival; o documentário O Fantasma de Peter Sellers, de Peter Medak, melhor filme e Prêmio Especial do Júri no Beverly Hills Film Festival; o drama Apagada (Izbrisana), de Miha Mazzini e Dusan Joksimovic, vencedor do prêmio de melhor roteiro no FEST International Film Festival; o documentário Amazing Grace, de Alan Elliott, sobre a cantora Aretha Franklin, e premiado no NAACP Image Awards; a cinebiografia do cantor Juice Leskinen, Juice, de Teppo Airaksinen, exibida no Festival de Hamburgo e premiada no Jussi Awards; Viúva do Silêncio (Widow of Silence), de Praveen Morchhale, eleito o melhor filme no Indian Film Festival of Los Angeles; e o iraniano Castelo de Sonhos (Castle of Dreams), de Reza Mirkarimi, vencedor do prêmio de melhor filme no Shanghai International Film Festival.

A programação segue com filmes de todos os gêneros e países, como: Cartas Para Paul Morrissey, de Armand Rovira e Saida Benzal, exibido no Seville European Film Festival; Corações e Ossos (Hearts and Bones), de Ben Lawrence e com Hugo Weaving, exibido no Sydney Film Festival e no Festival de Toronto; o documentário Cunningham, de Alla Kovgan, sobre o bailarino Merce Cunningham, exibido nos festivais de Hamburgo e Londres; o documentário Zero Impunity, de Nicolas Blies, Stephane Hueber-Blies e Denis Lambert, exibido nos festivais de Annecy e Quebec; O Relatório (The Report), de Scott Z. Burns, exibido em Toronto, com Adam Driver, Jon Hamm e Annette Bening, sobre Daniel J. Jones, um ex-investigador do Senado dos Estados Unidos mais conhecido por seu papel na liderança da investigação sobre o uso de tortura pela CIA após os ataques de 11 de setembro; o documentário Isso Muda Tudo (This Changes Everything), de Tom Donahue, que apresenta uma análise da disparidade de gênero em Hollywood com depoimentos de diversos artistas, entre eles, Jessica Chastain e Natalie Portman; Segredos Oficiais (Official Secrets), de Gavin Hood, com Keira Knightley e Ralph Fiennes, exibido no Seattle International Film Festival.

E mais: o documentário belga O Século da Fumaça (Century of Smoke), de Nicolas Graux, sobre uma jovem viciada em ópio; a animação Ninja Xadrez (Ternet ninja), de Thorbjørn Christoffersen e Anders Matthesen; o documentário O Projecionista (The Projectionist), de Abel Ferrara;  o drama O Último Amor de Casanova (Dernier amour), de Benoît Jacquot; a comédia dramática islandesa A Resistência de Inga (The County), de Grímur Hákonarson; entre outros.

adamdriverorelatoriomostraAdam Driver em O Relatório, de Scott Z. Burns.

A 43ª Mostra de São Paulo exibirá cerca de 60 longas brasileiros incluídos nas seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional, entre eles: Pacarrete, de Allan Deberton, grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado deste ano; Acqua Movie, de Lírio Ferreira, com Alessandra Negrini; Alice Júnior, de Gil Baroni; Anna, de Heitor Dhalia; Banquete Coutinho, de Josafá Veloso; Beco, de Camilo Cavalcante; Carcereiros – O Filme, de José Eduardo Belmonte, com Rodrigo Lombardi; o documentário Chorão: Marginal Alado, de Felipe Novaes; Diz a Ela que Me Viu Chorar, de Maíra Bühler, vencedor do 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; Fendas, de Carlos Segundo; Indianara, de Marcelo Barbosa e Aude Chevalier-Beaumel, exibido na mostra ACID, em Cannes; O Juízo, de Andrucha Waddington, com Fernanda Montenegro; o documentário Outubro, de Maria Ribeiro e Loiro Cunha; Querência, de Helvécio Marins Jr., e Chão, de Camila Freitas, ambos exibidos na mostra Forum do Festival de Berlim; Sem Seu Sangue, de Alice Furtado, exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes; entre outros.

Todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderão inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$ 30 mil, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentoria nacional, consultoria internacional e participação no Workshop Audience Design do TorinoFilmLab no Brasil. O anúncio do ganhador será feito no encerramento da Mostra. Neste ano, o festival também promove sessões que serão seguidas de debates especiais com os respectivos diretorese e produtores, na própria sala, com duração de uma hora após a exibição.

Além disso, três títulos em homenagem a Luiz Rosemberg Filho, morto neste ano, ganham projeção durante o evento: O Jardim das Espumas (1970), Crônica de um Industrial (1978) e Bobo da Corte (2019).

A Linha, do diretor Ricardo Laganaro, com voz de Rodrigo Santoro, vencedor do prêmio de melhor Experiência Interativa no Festival de Veneza, integra a programação de filmes em Realidade Virtual. Neste ano, uma unidade móvel fará itinerância nos CEUs Aricanduva, Caminho do Mar, Meninos, Vila Atlântica, Jaçanã e no Centro de Formação da Cidade Tiradentes.

pacarretemostraMarcélia Cartaxo em cena de Pacarrete, de Allan Deberton: ovacionada por onde passa.

A seleção de títulos da Mostra também traz doze obras já indicadas por seus respectivos países para o Oscar de melhor filme internacional. Além do brasileiro A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, o argelino Papicha, de Mounia Meddour, e o equatoriano La Mala Noche, de Gabriela Calvache, se destacam.

Neste ano, a clássica sessão na parte externa do Auditório Ibirapuera, com acompanhamento da Orquestra Jazz Sinfônica, ocorrerá no dia 2 de novembro, com a exibição de O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, em homenagem ao centenário do filme. A tradicional programação do Vão Livre do Masp incluirá Todas as Canções de Amor, de Joana Mariani, premiado na edição anterior do evento, o documentário SLAM: Voz De Levante, de Roberta Estrela D’Alva e Tatiana Lohmann, e uma sessão de curtas de Georges Méliès, como Viagem à Lua, em comemoração ao Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual.

Uma novidade neste ano: a Mostra apresentará três episódios diários de podcast, sendo o primeiro no dia 5 de outubro com a diretora da Mostra, Renata de Almeida, além de um ciclo baseado nos depoimentos à seção Memórias de Cinema, como os de Hector Babenco e Rubens Ewald Filho. O crítico de cinema também será homenageado com a exibição de O Mágico de Oz, um de seus filmes preferidos.

O programa Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek traz os dez títulos mais relevantes produzidos pela Alemanha nos últimos anos; Mariette esteve à frente da German Films e atualmente é a nova diretora-executiva da Berlinale. Além disso, o III Fórum Mostra irá promover discussões relativas à política do setor e questões ligadas aos processos criativos, além de explorar a relação entre palavra e imagem. E mais: em comemoração aos 25 anos de exibição de O Tango de Satã (Sátántangó) na 18ª edição da Mostra, o festival projetará uma versão restaurada do premiado longa do cineasta húngaro Béla Tarr. Neste ano, a Mostra também contará com uma itinerância promovida pelo Sesc, em doze unidades no interior paulista, e disponibilizará dez filmes na plataforma de streaming Spcine Play.

Para mais informações sobre a 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, clique aqui.

Fotos: Eric Chakeen/Yunus Roy Imer/Chalkiadakis Dimitris/Divulgação.

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